Mas tendo
retornado ao mundo como um vampiro
Teu corpo deverá da tumba erguer-se
Assombrar o lugar em que nascestes
E sugar o sangue de toda tua raça
(Lord Byron)
Como
é viver num mundo de noite perpétua? Dançar sob a lua escarlate? O desejo
pelo sangue de caças sencientes? A vida noturna é tão agitada quanto o próprio
Cainita. Períodos longos de paz podem, sem qualquer aviso, explodir em espasmos
de violência e desordem. O vampiro é um animal de emoções e instintos
deturpados. As obsessões e perversões de um Membro podem colocá-lo
subitamente em conflito com outro. Embora os Membros possam conviver em paz
durante anos, um dia o armistício acaba e a guerra canibal recomeça. A Jyhad
nunca acaba de fato — ela apenas projeta uma sombra menor durante algum tempo.
Normalmente é possível alcançar um equilíbrio
entre os Membros de uma cidade, seja por acordo formal ou tácito. São feitos
esforços para minimizar o conflito, embora ele costume ser inevitável. Quando
o conflito finalmente ocorre, quase sempre esconde-se sob a Máscara, e
raramente é percebido pelos mortais da cidade. Assim, é possível travar uma
guerra sem que os anciões precisem temer o retorno da Santa Inquisição.
Alguns Membros não integram a sociedade dos
Amaldiçoados e não mantêm qualquer ligação com outros de sua espécie. Eles
são conhecidos como Desgarrados, ou Caitiff. As cidades são lugares amplos, não
sendo difícil para um indivíduo isolar-se de seus pares. De fato, costuma-se
dizer que os Membros que se encontram com outros são aqueles que o desejam.
Contudo, às vezes mesmo os vampiros mais solitários podem ser arrastados pela
política corrente — em tempos de necessidade, os Caitiff são impiedosamente
caçados e inquiridos. É sabido que os Justicars, executores da lei da Família,
costumam usar vampiros solitários como bodes expiatórios de crimes cometidos
por outros.